terça-feira, 15 de outubro de 2013

ODG para PDF com crop

Figuras! Ah! Figuras!
Gosto do libre office e ele até quebra um galho.
Só é complicado colocar imagem PNG em arquivos PDF pois elas não são vetoriais.
Imagem Vetorial é PDF e o ODG pode exportar PDF.
Veja este script:



for f in *odg
do
  if [ -f $f ] ; then
    echo "Checking ${f}"
    name=${f%\.*}
    if test ${name}.pdf -ot ${name}.odg ; then
       echo "Converting ${name}.pdf"
       libreoffice --headless --invisible --convert-to pdf ${name}.odg
       echo "Croping...."
       pdfcrop ${name}.pdf ${name}.pdf
    fi
  fi ;
done

Belo, não? Só tem um detalhe: O libre office tem que estar fechado para que ele consiga executar.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre médicos cubanos, validação de diplomas e conselhos federais.

Algumas considerações iniciais:

1 - Tenho amigos médicos. Acho que metade deles são filhos de médicos. Alguns não passaram em vestibular por aqui e foram para fora do país fazer medicina. Voltaram com diplomas da Colômbia, Venezuela, Argentina, Rússia. Fazem residências com seus pais ou com amigos dos pais e revalidam o diploma por aqui. E tudo isto parece ótimo. Agora que os médicos importados não são filhos de médicos aparecem reclamações. Me parece contraditório.

2 - A livre concorrência e o estado neo-liberal era bacana quando os médicos criaram a Unimed como uma alternativa ao SUS mas se tornou ruim quando o estado decidiu importar mão de obra estrangeira para concorrer com eles. Como se o problema fosse a importação e não a qualidade do serviço. Como se estes médicos fossem extremistas nacionalistas que não compram produtos importados para proteger a qualidade da indústria nacional. Me parece contraditório.

3 - Sou doutorando em ciência da computação. Na minha área não tem Conselho Federal. Qualquer um pode fazer software. E fazem. E boa. Já tentaram criar um conselho para esta área e eu sou contra. Sou contra a reserva de mercado. O mercado costuma saber diferencias bons profissionais de maus profissionais e ninguém precisa de papel para trabalhar. Como analista eu já desenvolvi software para a área médica. Mais de uma vez. Nenhum médico me perguntou se eu era formado. Parece que ter diploma só importa para a medicina. Só que estes mesmos médicos usam em seu dia-a-dia software feito por analistas que não são necessariamente formados. Me parece contraditório. 

4 - Programadores preocupados com a qualidade e o custo de software criam projetos open source. É o apoio direto a projetos de inclusão digital. Software gratuito, criado e mantido por comunidades. Estas mesmas comunidades se preocupam em documentar, criar tutoriais, blogs, fóruns, mailing lists. Tudo aberto e disponível para qualquer pessoa que quiser aprender. Não é apenas desenvolvimento de produto mas criação de massa crítica e conhecimento. Recentemente li que os médicos acham ruim a quantidade de informação que existe na Internet pois os pacientes estão se informando demais e muitas vezes se informando errado. A reportagem não mencionava nenhuma iniciativa coletiva e gratuita para melhorar a massa crítica. Me parece contraditório.

5 - Comunidades Linux fazem Linux install fest. Grupos de analistas e estudantes de computação se juntam em espaços públicos como universidades para ajudar leigos a instalarem Linux. De graça. Que tal uma Saúde install fest? Médicos e estudantes oferecendo gratuitamente seus serviços em espaços públicos? Enquanto não rolar iniciativas populares, todo este discurso de importação de médico cubano irá ser para mim contraditório.

Dito isto eu me pergunto:  Seria esta uma boa oportunidade do CFM criar um teste para médico? A OAB já faz isto há algum tempo e acho que não preciso me alongar explicando isto. Seria esta a solução? Será que os demais Conselhos Federais seguirão estes passos? Sei que vou parecer contraditório mas acho uma boa e explico.

Primeiramente, uma informação. A UEM tem infra-estrutura suficiente para ter mais de 60 alunos no curso de medicina. Ela mantém o curso com menos da metade destas vagas pois o CRM não aprova a ampliação do curso. HÃ? Sim, o CFM regula a quantidade de cursos de medicina no Brasil e até a quantidade de vagas em cada curso.

Vamos ao que penso ser melhor do que a intervenção destes conselhos nas universidades.

Passo 1 - Como professor universitário eu vejo a universidade sendo responsabilizada pela formação do profissional do mercado. Para ser engenheiro é necessário ter CREA mas para ter CREA é necessário ser bacharel em engenharia. E isto basta. E é assim para odontologistas, arquitetos, médicos, farmacêuticos, administradores, contadores, .... Ora, vamos criar uma prova nacional, como o exame da OAB para todas as profissões regulamentadas. Quer ser médico, não basta ser bacharel em medicina mas tem que passar na prova. Os Conselhos federais e regionais organizariam, como a OAB faz, uma prova para garantir a qualidade do profissional e pronto. Claro que isto tudo seria feito sob a supervisão do ministério responsável pela área como o Ministério da Saúde.

Passo 2 - Se a prova garante a qualidade do profissional, pra que exigir que ele seja bacharel? Porque eu não posso fazer uma prova da OAB? Sei que não teria hoje chances nenhuma de passar mas poderia estudar em casa, com amigos, no exterior, pela Internet, em cursos profissionalizantes ou coisa assim. Estudo, faço a prova e me torno médico, enfermeiro, engenheiro, dentista, advogado ou qualquer coisa. Sem precisar ser bacharel. Diga-se de passagem é assim para o CRECI e para a OAB nos EUA. Faz a prova, se passar, é profissional.

Onde isto nos levaria?

As universidades deixam de ser responsáveis por formar profissionais e podem se focar em criar massa crítica, pesquisadores, professores. Tem grana, paga um curso pois a universidade não vai garantir seu ingresso no mercado. Deixe a universidade para quem quer estudar. Vários cursinhos surgiriam para atender o mercado e os mesmo não precisariam ser regulamentados pelo MEC. Damos outro nome para isto e mantemos os nomes Universidade e Faculdade para a formação de bacharéis. Será que o vestibular de medicina continuaria sendo o mais concorrido?

Outro resultado óbvio é o achatamento da faixa salarial destas profissões e demais profissões. Primeiro eu mostro a cobra mordendo o próprio rabo.

Porque um médico tem que ser rico? Porque são raros? Porque são raros? Pois se formam poucos. Porque se formam poucos? Pois há poucas vagas para medicina. Porque tem poucas vagas para medicina? Pois o CFM acha que os médicos tem que ser rico.

Voltemos ao achatamento. Por mais que o exame da OAB limite a quantidade de advogados no Brasil, garantindo a reserva de mercado, este limite já é imposto pela quantidade de cursos de direito em universidades do Brasil. E é isto o que limita todas as profissões. E é isto que faz todos os profissionais de áreas que exigem curso superior ganharem mais que um profissional não formado. O problema social do Brasil é limitado pelo acesso limitado a universidades. Bem, e se 1 milhão de brasileiros estudarem, fizerem a prova e passarem no exame da OAB? A quantidade de profissionais no mercado deveria ser limitada pela demanda e não pelos conselhos.

Certo, e se ninguém mais se matricular para o vestibular pois a universidade não é mais necessária? Bem, feche as universidades. Eu deixarei de ser professor e vou vender água de coco na praia. Não é má ideia mas acho que não iria acontecer. Faço questão de lembrar que, em ciência da computação não é necessário diploma e mesmo assim eu sou professor. Acho que não vou ter que vender coco. Quanto aos outros cursos, espero que eles continuem existindo. Deve ter algo que eles possam fazer pelo cidadão que não seja garantir um papel de um Conselho Federal...


Retirado de um post no facebook que contou com comentários de vários colegas que aumentaram e melhoraram a discussão.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Convertendo arquivos EPS para PDF

Arquivos do libreoffice draw são no formato ODG. Formato bacana, vetorial, mas próprio. Este programa permite exportar em EPS. Formato bacana, vetorial e open. Mas o Latex não importa EPS. Por isto fiz este script para converter os arquivos EPS em PDF. Desenhos vetoriais em documentos Latex. Bem belo.


for f in *eps
do
  if [ -f $f ] ; then
    name=${f%\.*}
    if test ${name}.pdf -ot ${name}.eps ; then
       echo "Converting ${name}.eps"
       epstopdf ${name}.eps
    fi
  fi ;
done


Para que a figura fique bacana basta selecioná-la no libreoffice e exportar apenas a seleção para EPS. Este script cuida da conversão dela em PDF.



quarta-feira, 17 de julho de 2013

Shell script para o comprimido

Este é o shell script para o comprimido


NAME=noise
CONT=1
for AR in 11025 16000 22050 32000
do
   let CONT=1
   for AB in 8 16 32 64 128 192 256 320
   do
      ffmpeg -i ${NAME}.wav -acodec libmp3lame -ar ${AR} -ab ${AB}k ${NAME}${AR}-${CONT}.mp3
      ffmpeg -i ${NAME}${AR}-${CONT}.mp3 -acodec flac -ar 96000 -ab ${AB} ${NAME}${AR}-${CONT}.wav
      rm ${NAME}${AR}-${CONT}.mp3
      let CONT=${CONT}+1;
   done
done


sábado, 13 de abril de 2013

PC x Mac


A arquitetura PC possui uma característica que é sua grande vantagem e sua grande desvantagem: ela é aberta. Isto significa que desde quando esta arquitetura foi proposta e comercializada pela IBM qualquer pessoa que saiba como desenvolver um periférico pode fazê-lo para o PC. Você não sabe fazer isto mas acredite em mim, muita gente no mundo sabe. Isto é uma grande vantagem pois você tem várias possibilidades de periféricos mas é uma grande desvantagem pois você tem vários periféricos e precisa saber escolher entre estes quais melhor se adaptam a suas necessidades.

No mar de possibilidades é fácil descobrir que há coisas boas e coisas ruins. Dispositivos bons e ruins e também caros e baratos. Infelizmente não é uma regra que periféricos mais caros são melhores que periféricos baratos mas este é um bom indício. Há também uma possibilidade que dois periféricos bons não possam ser combinados por uma questão de mercado. Lembro de querer um processador X e uma placa de vídeo Y mas não encontrar uma placa mãe que tivesse os slots X e Y. Tive que optar por um deles.

Por outro lado, o padrão Apple possui uma arquitetura fechada. Em termos práticos, apenas a Apple pode combinar hardware para os computadores Mac. Isto significa pouquíssimas opções ou nenhuma opção. O que existe neste universo são modelos de máquinas fechadas. Você escolhe um nome, um modelo e há pouco o que se pode escolher quanto à escolha de dispositivos presentes neste modelo. Mesmo que vc escolha mais memória ou mais espaço em disco, não poderá optar pela marca do periférico, ou pela velocidade do barramento norte, por exemplo.

Saindo do hardware chegamos ao sistema operacional. Windows, Linux, MacOs são responsáveis por gerenciar os dispositivos físicos do computador. Enquanto o MacOS tem certeza sobre qual hardware existe no computador, cabe ao Linux e Windows a difícil tarefa de funcionar sobre qualquer Frankstein. E impressionantemente eles funcionam. Quase sempre. Neste ponto adicionamos ao hardware uma peça importante chamada fabricante.

Se o fabricante seguiu corretamente as especificações do padrão IBM PC, o sistema operacional deverá saber controlar o dispositivo. Porém o padrão permite que o fabricante inclua novas funcionalidades e isto implicaria que o mesmo disponibilizasse o driver para ajudar o sistema operacional a gerenciar o dispositivos. Isto quase nunca acontece. Vários fabricantes xinguilings do mercado não disponibilizam drivers e surpreendentemente seus periféricos ainda assim conseguem ser gerenciados.

Dado isto, chegamos ao ponto da comparação. Quando vejo usuários Mac advogando em favor de suas maçãs, fico um tanto receoso. Dizer que o Mac funciona e bem é dizer implicitamente que o PC não funciona ou não funciona bem. E neste ponto para mim existe um equívoco.

Primeiramente pelo fato de que o PC é sempre associado a periféricos baratos e de baixa qualidade. É esdrúxulo comparar uma máquina de grife, como um Apple, com seu Frankstein montado com as peças da Santa Efigênia ou do Paraguai: um placa mãe Asus, um processador AMD, memória Sansung, HD Seagate, placa de vídeo NVídia, fonte sei-lá-o-que, teclado xinguilings e por ai vai. Você monta seu computador, não se atenta se há driver para tudo e reclama que o sistema operacional não sabe gerenciá-lo ou que o mesmo não funciona bem. E aqui está o equívoco: Na arquitetura PC este gerenciamento também cabe ao usuário ou a quem monta o computador.

Seria justo compararmos, por exemplo, um Mac com um Sony Vaio ou um Dell Studio do mesmo valor. Tais computadores saem de fábrica com uma versão do Windows específica para seu hardware e possuem um desempenho excelente se não superior quando comparados aos Apples. O mesmo em relação a máquinas IBM, por exemplo, recomendadas e certificadas para rodar Linux. A impressão que tenho é que todo usuário que possui budget suficiente para comprar um bom PC opta por um Mac. E tem a pachorra de comparar um notebook de R$800,00 com um Mac de R$8.000,00.

Na minha opinião, o hardware do Mac é muito bom. Porém você compra um computador fechado onde até o parafuso que prende a bateria é patenteado para que você não troque-a. Então ouço o argumento: A bateria do PC é ruim. Bem, você pode trocá-la e comprar quantas quiser, de qual fabricante quiser, e pagar o que quiser em uma faixa de valor. Veja o preço da reposição de uma bateria do Mac, que possui 12 células, e compare com uma bateria 12 células do PC. Agora, é possível mesmo comparar baterias de 6 células com baterias de 12 células?

Eu tive a oportunidade de configurar dual boot em Mac com Linux e até Windows. Fica muito bom. Não tenho dúvida que o hardware quando bem combinado é mais fácil para ser gerenciado pelo sistema operacional. Se tens dúvida, faça o teste. Acredito que é fácil testar o que escrevo aqui. Só não venha, por favor, comparar alhos com bugalhos. Isto é injusto e falacioso.

A beleza da arquitetura PC é que a mesma colaborou diretamente a popularização da informática e o acesso a computadores em todo mundo. Especialmente em países pobres como o Brasil. Isto é genial. Para os que procuram um diferencial e não querem pertencer a imensa massa usuária de PC, a Apple é sempre uma boa opção. Se esta é sua opção, eu respeito.


O mesmo se aplica hoje a smartphones. Vi colegas comprarem smartphones baratos com Android. Reclamavam que era lento e coisa assim. Quando conseguiram grana para comprar algo legal, alguns foram para o iPhone. 

Na minha opinião, o Android permitiu a popularização do smartphone da mesma forma que o padrão PC permitiu a popularização da informática no mundo.

Se querer comparar performance e desempenho pelo menos dê-se ao trabalho de comparar aparelhos com a mesma faixa de preço.

Para os que pretendem aderir ao Linux, antes de comprar, passe por aqui:

http://www.ubuntu.com/certification/
http://wiki.debian.org/Hardware

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sintetizadores Bristol para Linux

Procurando por bons sons de sintetizadores para o Linux encontrei o Bristol:

http://bristol.sourceforge.net/

Simplesmente fantástico!